quarta-feira, 26 de maio de 2010

Planejamento financeiro ajuda a gerenciar a pequena propriedade

O controle dos gastos e das receitas é fator decisivo para um bom desempenho e da sobrevivência das pequenas propriedades rurais. O gerenciamento financeiro envolve o acompanhamento da entrada e saída de recursos financeiros utilizados pelo produtor na sua produção, e tudo que esse produto gera de riqueza. A pesquisadora da Embrapa Uva e Vinho, especialista em socioeconomia, Loiva Ribeiro, dá dicas sobre como o produtor pode realizar este gerenciamento.

Segundo a pesquisadora, para o produtor ter um bom desempenho financeiro na sua propriedade, ele necessita realizar um pequeno planejamento daquilo que pretende produzir. “Na verdade, uma pequena propriedade é uma pequena empresa. Sendo assim, o produtor deve separar todos os gastos e receitas relativas à produção, para não correr o risco de misturar recursos economizados ao longo dos anos ou aquele destinado à renda familiar, com aqueles valores aplicados na atividade agrícola”, destaca.

Após realizar o planejamento do que ele irá produzir, o próximo passo, de acordo com Loiva Ribeiro é verificar o tipo de mão-de-obra disponível na propriedade, os preços, no mercado, dos produtos que se pretende cultivar e a época de colheita. “Enfim, é preciso ter uma boa noção de como a produção deverá ser distribuída ao longo do tempo”.

A pesquisadora ressalta que o controle financeiro é simples e pode ser feito usando apenas um caderno, onde o produtor deverá anotar os custos com a produção, incluindo gastos com insumos, defensivos agrícolas, mão-de-obra, dentre outros. Na outra parte do caderno, anota-se os preços recebidos pela venda. Ao final, é possível fazer um balanço dos lucros e das perdas.

Higiene e cuidados especiais fazem a produção de leite de qualidade

Para que chegue à mesa do consumidor em perfeita qualidade, o leite deve ser tratado através de um processo de produção com muitos cuidados e técnicas. O pesquisador da Embrapa Pecuária Sudeste, Luiz Francisco Zafalon, explica que a instrução normativa do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento que regula a qualidade do produto, define o leite como o produto oriundo da ordenha completa e ininterrupta, em condições de higiene, de vacas sadias, bem alimentadas e descansadas. “Então, o leite, já é um produto de qualidade”, destaca.

O pesquisador explica, no entanto, que é necessário ter um atendimento técnico especializado para se evitar problemas durante o processo de ordenha. “É importante que o produtor e os demais envolvidos na cadeia do leite saibam que não existem meios para melhorar a qualidade do leite após a ordenha do animal”, ressalta.

Um dos aspectos mais importantes e que assegura a qualidade do leite é a ordenha completa do animal necessária para não alterar a composição do produto, pois a gordura, por exemplo, é um constituinte que estará em concentrações adequadas no leite somente quando o animal é ordenhado completamente.

“Além disso, a ordenha completa e sem interrupções, impede o acúmulo de leite residual no úbere do animal, o que reduz as chances de ocorrência da mastite”, esclarece o pesquisador, que destaca ainda a necessidade de o produtor seguir condutas de boas práticas de higiene para evitar contaminações do produto.